Segundo pesquisa desenvolvida pela UFRN, o Seridó potiguar tem maior incidência de Síndrome de Berardinelli-Seip no mundo.
Texto: Rogério Melo
Segundo os pesquisadores da UFRN, Julliane Campos e Josivan Lima, que estudam o tema há bastante tempo, o Rio Grande do Norte possui a maior incidência de casos de Síndrome de Berardinelli-Seip – também conhecida como Lipodistrofia Congênita Generalizada do tipo Berardinelli-Seip – LCG), no Brasil e no mundo. Essa rara síndrome autossômica recessiva se caracteriza pela escassez de tecido adiposo corporal, contribuindo com alterações no metabolismo dos cardoidratos, proteínas e lipídeos.
O estudo foi publicado na última terça-feira,16/06, pela Editora da UFRN (Edufrn), e encontra-se disponível para download gratuito, no Reposítório da UFRN (link no fim da matéria), realizado em parceria com a Associação de Pais e Pessoas com a Síndrome de Berardinelli do Estado do Rio Grande do Norte (ASPOSBERN), evidenciou que o nosso estado apresenta uma prevalência de 32,3 casos para cada 1 mi/hab, quando o índice mundial é de 1 caso para cada 1 mi/hab. Os casos foram registrados em 19 cidades do RN, inclusive na região de Natal e Grande Natal. Entretanto, a concentração foi mais elevada em municípios da região do Seridó, com a maior prevalência registrada nas cidades de Carnaúba dos Dantas (498,05/100.000) e Timbaúba dos Batistas (217,85/100.000) com elevada prevalência na região do Seridó.
O livro Síndrome de Berardinelli-Seip: Aspectos genéticos e morfofisiológicos é um dos resultados dos projetos de extensão Atuação Multiprofissional Frente à Síndrome de Berardinelli-Seip e FACISA em Ação: Desmistificando a Síndrome de Berardinelli-Seip no interior do Rio Grande do Norte (RN), ambos financiados pela Pró-reitoria de Extensão (PROEX), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e executados na Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), na cidade de Santa Cruz/RN. O objetivo deste livro, portanto, é descrever as características genéticas, bioquímicas, morfológicas e fisiológicas das pessoas com a síndrome de Berardinelli-Seip.
Acesse o link, abaixo, para download gratuito da obra:
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29270
